Gostei tanto de uma regulagem que passei a usa-la sempre para todos os generos. Então montei um “Set-up economico” para agilizar a entrada e saida do palco para o roadie (cara que monta e desmonta o equipamento nos shows). Era comum musicos locais esbugalharem os olhos quando viam minha favelinha (modo charmoso de chamar a pedaleira) com quatro barracos apenas.

Um afinador, um pedal de volume, um digital delay e o Shred Master.
Na minha nomenclatura…Um ponteirinho, um acelerador, um repetidor e o xulé di macho.

“Aquele som todo era só isso?”. Claro que não! Tem o cara com a guitarra nas mãos no comando desses pedais, do volume da guitarra, tone, pegada, swing etc. Eu.

Costumo ligar assim, a guitarra entra na distorção passa pelo delay vai para o pedal de volume e o afinador é conectado na saída tuner do pedal de volume (para poder afinar com o volume fechado), as vezes deixo o delay por ultimo, depois do pedal de volume…pra sobrar uma sombrinha quando fechar o volume.

Uma vez, numa entrevista por telefone, o cara me perguntou qual era a distorção que eu usava e eu falei “Xulé di macho”, dei risada e repeti o nome em inglês, mas acho que ele não entendeu e colocou isso mesmo…

Um belo dia, um amigo que trabalhava em uma loja de musica em são paulo me ligou e perguntou:
– Tomati, que pedal é esse Xulé di Macho que voce usa? Tem um muleque aqui que disse que leu que voce usa esse pedal, mas eu não conheço. Daí, contei a estoria pra ele e ele quase morreu de rir…kkk  ahhh, ja ia me esquecendo…a bateria dura pra sempre, não gasta nada.